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Ansiedade na Vida e no Desporto

Atualizado: 30 de nov. de 2022

Quando pensamos em problemas de saúde mental existe uma tendência para se assinalar a Depressão como o grande problema do século, mas o desarranjo mental que afecta cada vez mais pessoas na sociedade e no desporto é indiscutivelmente a Ansiedade.



Esta problemática é mais comum do que se imagina.


Os números são assustadores.


Antes da pandemia Covid-19, o Global Burden of Disease, num estudo com mais de 3 mil investigadores de 145 países, coordenado pela Universidade de Washington, mostrou que 284 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de algum tipo de transtorno de ansiedade, com variações entre os 2% e os 7% da população, na taxa de prevalência nos países.



Com a pandemia do Covid-19 estes dados foram dramaticamente cilindrados.


A Psychiatry Research, uma revista científica, publicou uma análise fundamentada em 55 estudos internacionais com uma amostra de mais de 190 mil indivíduos, demonstrando que a prevalência de ansiedade é agora quatro vezes maior, ou seja, 15,5% da população, ao invés de 3,6% antes da pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde.



Estamos a falar de pessoas, esta situação não pode ser branqueada, pessoas a sofrer num silêncio avassalador e preocupante. Quantos casos existem na sociedade portuguesa e no desporto português?


É muito importante que não se permita chegar a um ponto profundo, pelo que a intervenção mental e emocional ao nível da promoção e da prevenção é decisiva.


A ansiedade é considerada um problema de saúde mental. No entanto, o facto de não poder ser diagnosticada por meio de exames de imagem ou laboratoriais aumenta ainda mais a sensação de dúvida e de impotência, diante de um mal invisível aos olhos.


E, por causa disso, muitas pessoas acabam por subestimar o poder altamente destrutivo e avassalador que a ansiedade transporta.


A verdade é que todos vivemos numa sociedade altamente competitiva, extremamente rápida, repleta de informações e estímulos incessantes.



E, por isso, é quase impossível alguém não sofrer algum episódio de ansiedade ao longo da vida e realmente, todos estamos sujeitos a isso.


Vários estudos mostram que uma em cada duas pessoas tem ou vai desenvolver algum transtorno psíquico ao longo da vida, isso equivale a mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo.


A ansiedade é muitas vezes referida como uma emoção que faz soar alarmes, que faz emergir sensações de mau estar, impaciência, insegurança, tensão, cansaço, angústia, perturbação, irritabilidade, destabilização e em situações mais intensas pode originar ataques de pânico.


Por vezes resulta de um medo irracional, muito intenso, altamente desproporcional perante os estímulos que estão a ocorrer ou que são interpretados, sendo essa a sua dimensão subjectiva.


Por exemplo, dois atletas que estão perante uma determinada situação especifica, como irem

jogar num estádio com 50 mil pessoas ou duas pessoas que vão fazer uma apresentação de trabalho importante.


Em ambos os casos, uma delas pode interpretar a situação como um desafio e supera-se, mas a outra começa a sentir uma grande preocupação, sente-se ameaçada, porque pensa que não tem recursos para lidar com a situação.


A pessoa tende a paralisar só de pensar no que devia fazer, torna-se negativista, identifica com facilidade o lado negativo de qualquer experiência.


Tudo isto traz uma grande insegurança e passa a ter receio de fazer algo inadequado. Pode ficar com expressões fechadas, carrancuda e surgirem dificuldades de sociabilização.


Quando alguém diz “tenho a cabeça cheia” ou “estou a mil”, significa que estar no aqui e agora, bem como a atenção, concentração e o foco podem ficar seriamente comprometidos.


Por outro lado, o perfeccionismo também pode surgir, levando a pessoa a acreditar que nunca é suficiente o que realiza, nem nunca se satisfaz com os resultados que tem.


Se já tiver lidado com várias recaídas ainda pior porque não consegue sair daquele “loop” paralisante e acaba por desencadear profecias autorrealizáveis, podendo originar a sensação de falta de controlo, tornar-se muito reactivo(a) e explodir facilmente.


A ansiedade despoleta vários sintomas físicos, psicossomáticos, nomeadamente:

- Aceleração acentuada dos batimentos cardíacos ou da frequência respiratória.

- Forte tensão muscular, que por vezes origina lesões.

- Instabilidade no estômago, nas vísceras.

- Dores de cabeça.

- Dores no peito, falta de ar.

- Falta de apetite.

- Vómitos…


O que não se deve dizer a uma pessoa que está a sofrer da perturbação de ansiedade:

- Qual é o teu problema?

- Tens tudo, porque estás assim?

- Tem calma!

- Faz Yoga!

- Isso é um exagero!

- Cada vez tens mais stresses…

- Tens que saber lidar com as tuas dificuldades!

- Deixa-te de dramas.

- Estás com paranoias, queres é fazer exames.

- Eu já passei por isso e não houve nenhum problema!



Quanto mais tentar controlar o que é incontrolável mais difícil vai ser.


O objectivo é aprender a gerir, identificar o que desencadeia esse gatilho, deste modo, deixo-lhe algumas estratégias para considerar caso esteja a viver uma situação de ansiedade:

- Coloque em prática estratégias que facilitam o foco da mente e de mudança de estado.

- Onde coloca o foco aumenta: o objectivo não é ignorar o que está a sentir e os pensamentos, mas procure focar-se em algo agradável ou num ponto no seu horizonte.

- Escolha um objecto, por exemplo, uma bola pequena e passe de uma mão para a outra.

- Descalce-se e sinta o solo.

- Beba água, através de vários goles pequenos.

- Respire através do diafragma: Inspire profundamente de forma ventral, segure o ar por alguns instantes e expire lentamente.

- Realize auto-massagem com os dedos indicadores na testa fazendo um semicírculo durante alguns segundos.

- Massaje com os dedos o lóbulo da orelha e/ou através de movimentos circulares nos lábios.

- Faça a extensão da região cervical: Coloque as suas mãos na parte posterior do pescoço e projecte-o lentamente para a frente e depois para cada uma das laterais.



A ansiedade não é um processo natural, nós não nascemos assim, mas traz isso para dentro de si e, portanto, também pode retirar isso de dentro de si, ou seja, é algo que pode ser prevenido e tratado.



A Programação Neurolinguística e a Hipnose ajudam a pessoa a identificar o que está a acontecer. A buscar recursos que desencadeiam um novo significado e proporcionam soluções através de instrumentos que provocam relaxamento, trazem alternativas e flexibilidade. Afinam o foco da mente, para que a pessoa possa lidar com a situação para fazer a mudança que deseja ou inclusive um processo de optimização e/ou de obtenção de resultados.




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É possível fazer agendamento on-line através do site www.nunoguia.com em https://www.nunoguia.com/contact-5


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